Direitos Humanos de adolescentes privados de liberdade
Análise crítica, fetichização e cenário maranhense
Palabras clave:
direitos humanos, fetichização, adolescentes, privação de liberdade, contexto maranhenseResumen
Os direitos humanos inserem-se no complexo contexto da construção histórica e contraditória dos direitos, partindo da sociedade capitalista e da fetichização, excluindo uma parcela significativa das classes subalternas, incluindo-se nestas os adolescentes privados de liberdade. Com isso, encara-se como problema, levando em consideração o contexto maranhense, a indagação se os direitos humanos dos adolescentes em privação de liberdade implicam ou não na revitimização, configurando-se a fetichização. O objetivo geral é compreender, levando em conta o contexto brasileiro, os direitos humanos dos adolescentes privados de liberdade. Os objetivos específicos são: 1) compreender os fundamentos da teoria crítica dos direitos humanos; 2) apresentar as previsões normativas internacionais e nacionais a respeito dos direitos de adolescentes; 3) investigar a condição e fetichização dos direitos humanos de adolescentes privados de liberdade. Metodologicamente, valeu-se de levantamento bibliográfico de produções referentes aos direitos humanos e direitos do adolescente, e documental, com acesso a dados do Relatório de Gestão 2021 da Fundação da Criança e do Adolescente (FUNAC), partindo as reflexões do marco teórico de matriz marxista.
Citas
ALMEIDA, Silvio Luiz de. Racismo estrutural. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019.
AMARAL, E. C. Ineficácia das medidas socioeducativas. Caderno de Graduação – Ciências Humanas e Sociais, Recife, v.2, n.3, p.149-166, nov.2016. Disponível em: https://periodicos.set.edu.br/facipehumanas/article/view/3682. Acesso em: 27 abr. 2023.
BARRETO, Vicente. O fetiche dos direitos humanos. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
BODART, Cristiano das Neves. O conceito marxiano de fetichismo da mercadoria. Blog Café com Sociologia, [s.l.], 17 ago. 2016. Disponível em: https://cafecomsociologia.com/para-entender-de-uma-vez-por-todas-o-conceito-de-fetichismo-da-mercadoria-em-marx/. Acesso em: 06 fev. 2023.
BRASIL. Decreto nº 6.697, de 12 de outubro de 1927. Consolida as leis de assistência e proteção a menores. Rio de Janeiro: Presidência da República, 1927. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1910-1929/d17943a.htm. Acesso em: 27 abr. 2023.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Presidência da República, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil03/constituição/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 26 fev. 2023.
BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 1990. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 25 abr. 2023.
DOUZINAS, Costas. O fim dos direitos humanos. São Leopoldo: Unisinos, 2009.
ESCRIVÃO FILHO, Antonio; SOUSA JUNIOR, José Geraldo de. Para um debate teórico-conceitual e político sobre os direitos humanos. Belo Horizonte: Editora D’Plácido, 2016.
FALEIROS, Vicente de Paula. Políticas para a infância e adolescência e desenvolvimento. Políticas sociais: acompanhamento e análise, Brasília, n.11, p.171-177, ago.2005.Disponível em: https://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/4569. Acesso em :27 abr. 2023.
FUNAC. Relatório de Gestão 2021. São Luís: FUNAC, 2021. Disponível em: https://www.funac.ma.gov.br/files/2022/05/Relatorio-de-Gestao-2021-atualizado.pdf. Acesso em 27 abr. 2023.
KURZ, Robert. Os paradoxos dos direitos humanos. Inclusão e exclusão na modernidade.
Folha de São Paulo, São Paulo, 16 de março de 2003. Disponível em: https://www.marxists.org/portugues/kurz/2003/03/16.htm. Acesso em 28 set. 2023.
MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. Rio de Janeiro: Bertrand, 1994. 6 v.
ONU. Convenção sobre os direitos da Criança. In: UNICEF. [S.l.]: UNICEF, 2023. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/convencao-sobre-os-direitos-da-crianca. Acesso em 27 abr. 2023.
NETTO, José Paulo; BRAZ, Marcelo. Economia política: uma introdução crítica. 8.ed. São Paulo: Cortez, 2012.
PORTELLA JUNIOR, José Carlos; CABRERA, Michelle Gironda; BARTACHIVS, Érika Louise Ferreira. Prisionização como ampliação da violência. In: BUSATO, Paulo César (org.). Menoridade penal: crítica ao projeto de redução do patamar biológico de imputabilidade no sistema penal brasileiro. Florianópolis: Empório do Direito, 2016. p.169-185.
ROSEMBERG Flúvia; MARIANO, Carmem Lúcia Sussel. A convenção internacional sobre os direitos da criança: debates e tensões. Cadernos de Pesquisa, [s.l.], v.40, n.141, p.693-728, set./dez. 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cp/a/gvh6jf9BxZFWyZzcbSDWpzk/?lang=pt. Acesso em: 27 abr. 2023.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Direitos humanos, democracia e desenvolvimento. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; CHAUÍ, Marilena. Direitos humanos, democracia e desenvolvimento. São Paulo: Cortez, 2013. p. 41-133.
SANTOS, Juarez Cirino dos. O adolescente infrator e os direitos humanos. Revista do Instituto Brasileiro de Direitos Humanos, Fortaleza, v.2, n.2. 2001. Disponível em: https://revista.ibdh.org.br/index.php/ibdh/article/view/32/33. Acesso em: 27 abr. 2023.
SILVA, João Victor Marques da. O fetiche dos direitos humanos no capitalismo: a separação entre a ética e a política na modernidade. Revista Direito em Debate, [S. l.], v. 30, n. 56, p. 132–142, 2021. Disponível em: https://revistas.unijui.edu.br/index.php/revistadireitoemdebate/article/view/8450. Acesso em: 27 abr. 2023.
TRINDADE, José Damião de Lima. Os direitos humanos na perspectiva de Marx e Engels., 2010. 224 f. Dissertação (Mestrado em Direito Político e Econômico) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2010.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Ruan Didier Bruzaca, Sorimar Sabóia Amorim
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Autores que publican en esta revista están de acuerdo con los siguientes términos:
- Autores mantienen los derechos autorales y conceden a la revista el derecho de primera publicación, con el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Creative Commons - Atribución 4.0 Internacional que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría y publicación inicial en esta revista.
- Autores tienen autorización para asumir contratos adicionales separadamente, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (ej.: publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
- Autores tienen permiso y son estimulados a publicar y difundir su trabajo online (ej.: en repositorios institucionales o en su página personal) a cualquier punto antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar alteraciones productivas, así como aumentar el impacto y la citación del trabajo publicado (Véase El Efecto del Acceso Libre).