O STF E O DIREITO DAS TRAVESTIS À UNIDADE PRISIONAL: COMENTÁRIOS À DECISÃO PROFERIDA NO HABEAS CORPUS N° 152.491

O STF E O DIREITO DAS TRAVESTIS À UNIDADE PRISIONAL

COMENTÁRIOS À DECISÃO PROFERIDA NO HABEAS CORPUS N° 152.491

Authors

  • Adriana Ramos de Mello Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro - TJRJ

Keywords:

gender identity, deprivation of liberty, habeas corpus no. 152.491, prison system, LGBTT

Abstract

This essay aims to reflect on the penitentiary treatment given to transsexuals and transvestites based on a paradigmatic STF judgment. By granting habeas corpus n. 152,491, the Court authorized the transfer of two transvestites to a prison unit compatible with their gender identities and caused in the public sphere an important precedent regarding the discrimination that the LGBTT population suffers within the prison system. From a broader perspective, the decision took into account international frameworks for the protection of the dignity of the human person and respect for the diversity of gender identities.

Author Biography

Adriana Ramos de Mello, Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro - TJRJ

Doutora em Direito pela Universidade Autônoma de Barcelona. Juíza Titular do I Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do TJRJ

References

ALGRANTI, Leila Mezan. Honradas e Devotas: mulheres da colônia: condição feminina nos conventos e recolhimentos do sudeste do Brasil, 1750-1822. Rio de Janeiro: José Olympio; Brasília: UnB, 1993.
ANDRADE, Vera R. Pereira de. “Violência sexual e sistema penal. Proteção ou duplicação da vitimação feminina?”, in: Feminino Masculino. Igualdade e Diferença na Justiça (DeniseDourado Dora, org.). Porto Alegre: Editora Sulina, 1997.
_______. “Criminologia e Feminismo. Da mulher como vítima àmulher como sujeito”,
Criminologia e Feminismo (CarmenCampos, org.). Porto Alegre: Editora Sulina, 1999.
BIERRENBACH, Maria Ignês. A mulher presa. Revista doILANUD, n. 12. São Paulo: 1998.
CASTRO, N. E. Hacia una propuesta de equidad de género en el campo penitenciario. In: BERGALLI, R. et. al. (orgs.) Violencia y sistema penal. Buenos Aires: Del Puerto, 2008, p. 107-116.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Regras de Bangkok Regras das Nações Unidas para o tratamento de mulheres presas e medidas não privativas de liberdade para mulheres infratoras. SÉrie Tratados Internacionais de direitos humanos. Brasília, 2016. Disponível em: http://www.cnj.jus.br/files/conteudo/arquivo/2016/03/a858777191da58180724ad5caafa6086.pdf Acesso em 25/03/2018
FACIO, Alda e CAMACHO, Rosalía. “En busca de las mujeres perdidas o una aproximación crítica a la Criminologia”. In: Vigiladas y Castigadas. Lima: CLADEM, 1993.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão; tradução de Raquel Ramalhete. Petrópolis, Vozes, 1987.
JESUS. Jaqueline Gomes. Orientações Sobre Identidade De Gênero: Conceitos E Termos. Guia técnico sobre pessoas transexuais, travestis e demais transgêneros, para formadores de opinião. 2ª edição – revista e ampliada. Brasília Dezembro, 2012. Disponível em: http://www.diversidadesexual.com.br/wp-content/uploads/2013/04/GÊNERO-CONCEITOS-E-TERMOS.pdf Acesso em 01/04/2018.
LARRAURI, Elena. “Control Formal: …Y el Derecho Penal delas Mujeres”. In: Mujeres Derecho Penal y Criminología (Elena Larrauri, org.). Madri: Siglo Veintiuno, 1994.
_______. “Criminología Crítica: Abolicionismo y Garantismo”, Nueva Doctrina Penal, v. 1998/B. Buenos Aires: Editores delPuerto, 1998.
MEO, Analía Inés. “El delito de las féminas”, Delito y Sociedad,n. 2. Buenos Aires: 1992.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária Plano Nacional de Política Criminal e Penitenciária, 2015. Disponível em: http://www.justica.gov.br/seus-direitos/politica-penal/cnpcp-1/imagens-cnpcp/plano-nacional-de-politica-criminal-e-penitenciaria-2015.pdf Acesso em 18/03/2018.
_______. Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias – INFOPEN Mulheres – Junho de 2014. Departamento Penitenciário Nacional. Brasília, 2014. Disponível em: http://www.justica.gov.br/news/estudo-traca-perfil-da-populacao-penitenciaria-feminina-no-brasil/relatorio-infopen-mulheres.pdf. Acesso em 18/03/2018.
_________. Levantamento Nacional DE INFORMAÇÕES PENITENCIÁRIAS AAtualização - Junho de 2016. Departamento Penitenciário Nacional. Brasília, 2016. Disponível em: http://www.justica.gov.br/news/ha-726-712-pessoas-presas-no-brasil/relatorio_2016_junho.pdf Acesso em 19/03/2018.
PIMENTEL, Elaine. Prisões femininas: por uma perspectiva feminista e interseccional. In: Mulheres e violências: interseccionalidades / Organização Cristina Stevens, Susane Oliveira, Valeska Zanello, Edlene Silva, Cristiane Portela,. – Brasília, DF : Technopolitik, 2017.
PRINCÍPIOS DE YOGYAKARTA. Princípios sobre a aplicação da legislação internacional de direitos humanos em relação à orientação sexual e identidade de gênero. Disponível em: http://www.clam.org.br/uploads/conteudo/principios_de_yogyakarta.pdf Acesso em 04/04/2018.
LAGO, Natália; ZAMBONI, Marcio. políticas sexuais e afetivas da prisão gênero e sexualidade em contextos de privação de liberdade. In: 40º encontro anual da anpocs - Spg 13: estudos em antropologia do direito, sociologia da punição e encarceramento: discutindo o sistema prisional e socioeducativo no Brasil, 2016. Disponível em: http://www.anpocs.com/index.php/papers-40-encontro/spg-3/spg13-3/10052-politicas-sexuais-e-afetivas-da-previsao-genero-e-sexualidade-em-contextos-de-privacao-de-liberdade/file Acesso em 25/03/2018.

Published

2021-01-11

How to Cite

de Mello, A. R. (2021). O STF E O DIREITO DAS TRAVESTIS À UNIDADE PRISIONAL: COMENTÁRIOS À DECISÃO PROFERIDA NO HABEAS CORPUS N° 152.491. Direito Em Movimento, 16(1), 188–211. Retrieved from https://ojs.emerj.com.br/index.php/direitoemmovimento/article/view/328

Similar Articles

1 2 3 4 > >> 

You may also start an advanced similarity search for this article.

Loading...