Os Juizados especiais e sua função atemporal de acesso amplo à justiça
Palavras-chave:
juizados especiais, inclusão, normalidade, norma, normoseResumo
Os Juizados Especiais, criados no Brasil a partir da Lei 9099 de 1995, revelaram, desde sua implementação, pendor democratizante e civilizatório. O acesso direto à Justiça, sem necessidade de intermediação, propiciou uma revolução no campo jurídico. Essa ampliação notória foi articulada por nós, neste capítulo, com a investigação que a sociologia e a filosofia fomentam em relação aos fenômenos de massa e seus desdobramentos (ECO, 1993), já que os Juizados Especiais, por sua índole de acessibilidade, abarcam parte muito grande da população. Ainda contrastamos esse fator com os conceitos antropológicos de “norma”, “normalidade” e “normose” (CREMA; LELOUP; WEIL, 2001; CAETANO, 2020), que abrangem o ser humano em seu lado individual, psicológico, de sujeito, mas também em sua face social e coletiva. Assim, propusemos a explicitação de algumas ideias de campos do conhecimento como antropologia e sociologia, que dialoguem com a aptidão inclusiva e civilizatória dos Juizados Especiais, o que se confirmou mercê dos vinte e cinco anos de seu êxito no Brasil.
Referências
AUSTIN, J. L. How to do things withg words. Oxford: Oxford University Press. 1962. 712 p.
CAETANO, M.M.; CHINI, A. Argumentação jurídica: indo além das palavras. Brasília: Editora OAB Nacional, 2020, 145 p.
CAETANO, M.M. Em busca do novo normal: reflexões sobre a normose em um mundo diferente. Rio de Janeiro: Jaguatirica, 2020, 181 p.
COUTURE. E. Os mandamentos do advogado. 3ª. Ed. Tradução: Ovidio A. Baptista da Silva e Carlos Otávio Athayde. Porto Alegre: Editora SAFE, 1979. 78 p.
CREMA, R.; LELOUP J.Y.; WEIL, P. Normose: a patologia da normalidade. Petrópolis: Vozes, 2011. 312 p.
ECO, U. Apocalípticos e integrados. Tradução: Pérola de Carvalho. 5ª ed. São Paulo: Perspectiva, 1993. 386 p.
GIBBON, E. Declínio e queda do Império Romano. Tradução: José Paulo Paes. São Paulo: Companhia da Letras: Círculo do Livro, 1989. 521 p.
HARARI, Y.N. Sapiens – Uma Breve História da Humanidade. Tradução: Janaína Marcoantonio. Porto Alegre: L&PM. 538 p.
HEGEL. Fenomenologia do espírito. Tradução: Paulo Meneses. 2ª. Ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1972. 271 p.
JUNG, C.G. Tipos Psicológicos. Tradução Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1971. 616 p.
KANT. I. Kritik der reinen Vernunft. 2ª. Ed. Berlin: Project Guttemberg, 2004. 181 p.
MARX, Karl. O Capital. Vol. 2. Tradução: Ricardo Musse. 3ª ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988. 420 p.
NIETZSCHE, F. Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém. Trad. Mario da Silva. Rio de Janeiro. Bertrand Brasil. 1998. 240 p.
PLATÃO. Górgias. Tradução de Manoel de Oliveira Pulquério. Lisboa. Edições 70. 1997. 580 p.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista da EMERJ
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).